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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Portugal Pequeno

O bairro da Ponta d’Areia, onde hoje se situa o Portugal Pequeno, tem quatro séculos de história, começando a se desenvolver em torno da pesca e da industrialização das baleias, na época um dos negócios mais rentáveis para a colônia portuguesa. Os primeiros portugueses a ocuparem o local, atraídos pelas oportunidades de empregos, eram ferreiros, torneiros, carpinteiros e calafates. Terminando o ciclo das baleias, os galpões e armazéns passaram a servir de quartel provisório para a divisão dos Voluntários Reais, tropas que vieram de Portugal e depois seguiram para o Uruguai.

O processo de urbanização do século XIX, na Ponta D’Areia, se desenvolveu graças à presença lusitana. Surgiram ali pequenas oficinas e estaleiros de reparos navais, nos quais predominava a mão-de-obra portuguesa, e se desenvolveu a primeira indústria naval brasileira.

No século XX, o bairro da Ponta D’Areia foi o ponto de encontro de quase todos os portugueses que escolheram Niterói como sua Segunda terra natal. O nome Portugal Pequeno data deste período, principalmente pela forte presença

lusitana na localidade. Depois, com o crescimento da cidade e o declínio da produção naval, muitos portugueses foram embora da região. Os dois símbolos do local é a Banda Portuguesa e o Café Decolores com suas comidas típicas onde predomina o bacalhau. O outro símbolo da presença marcante dos portugueses na região é a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, cuja imagem foi trazida de Portugal em 1929. O assim chamado Portugal Pequeno é composto por casas térreas ou de dois pavimentos, todas de implantação tradicional e alguns cortiços, num programa arquitetônico do último quarto do séc XIX, que serviu para habitação multi familiar dos portugueses que chegavam ao Brasil.

Oito meses de um meticuloso projeto arquitetônico devolveu a beleza ao casario e trouxe de volta a ambiência portuguesa, perdida ao longo do tempo. A idéia é preservar o espaço urbano e recuperar a qualidade de vida da área.